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25 de nov. de 2011

Arquiteto corporativo: ave rara, que exige atenção



Ao pedir que seus desenvolvedores passem algum tempo no grupo de arquitetura, você estará criando um ambiente de aprendizagem e construindo o seu banco de talentos.


Por: Martha Heller
Em:http://cio.uol.com.br/opiniao/2011/11/07/arquiteto-corporativo-ave-rara-que-exige-atencao/ 

De todos os cargos de TI, o líder de arquitetura corporativa é de longe o mais difícil de recrutar. O candidato certo precisa ter algum conhecimento em todas as camadas da pilha de tecnologia, profundo conhecimento do negócio, e capacidade de gerenciar grupo de tecnólogos e de vender conceitos como Arquitetura Orientada a Serviço (SOA) para os executivos de negócios, muito desinteressados no assunto. Se há uma posição que realmente encarna o paradoxo do CIO, é ela.
“O arquiteto-chefe precisa ser a pessoa mais inteligente da sala e a menos arrogante”, diz Lynden Tennison, CIO da Union Pacific Railroad.
E se você quiser ter um ambiente flexível, rápido e eficiente do ponto de vista de custo, vai precisar contratar uma dessas aves raras e guiá-la rumo ao sucesso.
Como?
1. Promova alguém da própria equipe.
Os arquitetos corporativos precisam ser estratégicos, mas não esotéricos e ter grandes habilidades interpessoais. Você pode olhar para a própria equipe e identificar alguém que possa ser preparado para desempenhar o papel.
2. Forneça valor rapidamente.
A empresa tem tolerância limitada para altos executivos que parecem fazer pouco mais do que produzir um tratado sobre padrões de desenvolvimento. Quando os tempos estão difíceis, o arquiteto corporativo é muitas vezes o primeiro a ser dispensado. “Pode ficar difícil para você, como CIO, defender a necessidade de um arquiteto corporativo se a geração de valor for um processo de longo prazo”, diz Scott Blanchette, CIO da Healthways.
“Bons arquitetos percebem que eles precisam fornecer valor incremental ao negócio”, completa.
“Você precisa identificar suas vacas sagradas”, diz Tennison. Isso vai ajudar a identificar as batalhas que você pode se dar ao luxo de perder.
Peter Breunig, gerente-geral de Gestão de Tecnologia e Arquitetura da Chevron, concorda. “No início, você precisa parar de exibir desenhos arquitetônicos e começar a compartilhar os casos de uso bem-sucedido dos conceitos arquitetônicos definidos. A preocupação deve tornar-se o trabalho do arquiteto corporativo tangível para seus parceiros de negócios, o mais rápido possível.“
3. Use a arquitetura como um campo de treinamento.
“Ao pedir que seus desenvolvedores passem algum tempo no grupo de arquitetura, você está criando um ambiente de aprendizagem e construindo o seu banco de talentos”, diz David Harkness, CIO da Xcel Energy.
4. Tome a frente dos projetos.
Muitas vezes, a equipe do projeto seleciona um fornecedor, e só depois o grupo de arquitetura pronuncia-se. Não raro, acontece do pessoal de arquitetura vetar o produto escolhido por não estar alinhado com a arquitetura de referência. Isso atrasa o projeto que desvaloriza toda a equipe. É melhor envolver o pessoal de arquitetura corporativa desde o início do processo de especificação do projeto. “Em vez de esperar até que tenha as soluções que precisam de aprovação dos arquitetos, faça-os participar de todo o processo. Dessa forma, os arquitetos deixam de ser os vilões, que vão atrasar ou até matar o projeto em andamento.
O paradoxo final é este: arquitetos são tão necessários quanto raros. “Eu não invejo as pessoas que terão de recrutá-los”, diz Blanchette.
(*) Martha Heller é presidente da Heller Search Associates, empresa de recrutamento de executivos e cofundadora do CIO Executive Council.

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