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21 de dez. de 2011

O comprometimento no trabalho – Parte II

Por: Takehiro Mori
Em: http://www.tiespecialistas.com.br/2011/12/o-comprometimento-no-trabalho-parte-ii/

O comprometimento no trabalho – Parte II


Os comentários recebidos giraram principalmente em torno de salário, remuneração, essência humana, essência das empresas e estrutura organizacional. O que percebi é que existe uma variação grande sobre o entendimento da palavra comprometimento, confesso que eu mesmo fiquei em dúvida sobre a definição correta, então vamos ao bom e velho dicionário. Para podermos definir corretamente nossos pensamentos em torno do tema achei que 3 palavras podem nos ajudar muito, são elas:O post anterior gerou grande repercussão e recebi uma grande quantidade de comentários refletindo preocupação e interesse de diversos profissionais através de grupos do Linkedin, no Blog e no Portal www.itespecialistas.com.br. Por isso, achei por bem continuarmos a discussão.

- Comprometimento: Obrigar-se por compromisso, verbal ou escrito.
- Engajamento: Alinhar-se em ordem de idéia ou de ação coletiva. Empenhar-se num trabalho ou luta.
- Motivação: Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento.
A definição dessas palavras nos mostra claramente que somente o comprometimento não é capaz de gerar os resultados necessários a uma organização. De uma forma intuitiva nós sabemos que o nível de engajamento e motivação no trabalho não depende somente de incentivos de remuneração. E isso já foi demonstrado por Maslow em sua Pirâmide em 1943. O ser humano não tem somente necessidades materiais, ele é capaz de sentir satisfação em seu crescimento, gostamos de ser bons em algo e sermos reconhecidos por isso, também somos capazes de sentir satisfação em contribuir para um bem maior, por um propósito. O vídeo abaixo discorre de uma forma preciosa, embasada em pesquisas, essas características humanas e seus resultados no mundo das organizações. Infelizmente ele só tem versão em inglês.
Para aqueles ainda não familiarizados com a pirâmide de Maslow, trata-se de uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em 1943, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto.
 
Peak C. Conley no livro “How Great Companies Get Their Mojo from Maslow”, publicado em 2007, conseguiu colocar em um gráfico simples de entender o conceito da necessidade dos profissionais encontrarem significado no que fazem no trabalho e que também enxergarem significado no que a empresa faz, dessa forma a motivação se torna uma conseqüência desse alinhamento.
 
Para efeitos de análise vamos simplicar e usar uma correlação direta entre:
Correlação 1- Comprometimento & Remuneração
Correlação 2- Engajamento/Motivação & Significado em trabalhar e no trabalho
O mundo das organizações tem muitos exemplos de métodos altamente documentados, testados e amplamente utilizados para a Correlação 1, e não se trata de um universo infinito de modelos e sim de uma quantidade razoavelmente pequena e de muitas semelhanças entre eles.
Já para a Correlação 2 existe um universo enorme de teorias, livros de auto-ajuda, estudos de caso, etc, mas na prática são pouquíssimas metodologias testadas e utilizadas de uma forma constante, além de serem costumeiramente mecanismos isolados e pouco integrados ao propósito fim das organizações.
Meu desafio para os próximos posts desta série, inspirados no Livro Radical Management, é trazer um conjunto prático de métodos que possam ser úteis exatamente para a Correlação 2. Espero continuar contando com a opinião e a participação de vocês, pois não é um tema para verdades absolutas, mas sim para ampliação da discussão com o intuito de contribuir na formação de pensamentos úteis para a liderança.

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