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20 de dez. de 2011

O comprometimento no trabalho


Por: 
Em: http://www.tiespecialistas.com.br/2011/12/o-comprometimento-no-trabalho/
“No passado trabalhadores ao redor do mundo podiam ser supervisionados, podiam receber ordens do que fazer, como fazer e quando fazer. Trabalhadores do conhecimento (knowledge workers) não podem ser supervisionados.” Peter Drucker
O clássico filme Tempos Modernos de Chaplin ilustra perfeitamente o pensamento de Drucker. Antes de continuar a leitura do texto assista ao vídeo abaixo com um trecho de 4 minutos do filme.
O aumento da oferta de produtos e serviços viabilizados pela evolução das diversas vertentes da tecnologia tem nos tornado consumidores/clientes exigentes. Assim como esperamos um bom atendimento num restaurante simples, também esperamos os melhores serviços para nossos eletrônicos e carros, esperamos que os consultores nos tragam as melhores soluções e que colaboradores produzam resultados surpreendentes.
Com isso, as exigências do trabalho são cada vez mais baseados no conhecimento e na cultura. As empresas precisam que os colaboradores se comprometam com sua visão e propósito, para que apoiados na sua plataforma de negócio, ele(a)s sejam capazes de cumprir seu papel operacional e também de inovar, as vezes até improvisar, em prol da satisfação do cliente e da empresa.
Por outro lado os trabalhadores do conhecimento não querem somente um trabalho para executar a função operacional, estes procuram propósito em seus trabalhos. E não estão dispostos a esperar 5 anos para encontrar seu lugar, eles procuram por isso agora e dão preferência para os empregadores que lhes oferecem isso no presente.
Então porque somente 1 trabalhador em cada 5 está totalmente comprometido(a)? Em grande parte isto ocorre porque as empresas ao longo das últimas décadas perderam de vista seu propósito verdadeiro. Ficaram cegas ao colocarem os resultados financeiros de curto prazo como seu propósito de existência, perdendo assim a “alma” de sua cultura que é em sua essência a sua função social. Uma empresa só existe porque gera benefícios atendendo a necessidade de uma parcela da sociedade, gerar lucros não é razão suficiente para ninguém existir nem mesmo uma empresa.
Da mesma forma porque consumidores/clientes de empresas de produtos e serviços em massa invariavelmente em algum momento se sentem lesados de alguma maneira? E a resposta parece estar no mesmo caminho. Assim como quando estão no papel de trabalhadores, esses consumidores não estão comprometidos, raramente encontram trabalhadores comprometidos quando estão no papel de consumidores. A relação do consumo foi reduzida a uma mera transação comercial, o consumidor/cliente não consegue mais se relacionar com o propósito das marcas que compra.
A sociedade cada vez mais cobra sustentabilidade das organizações, e isso passa impreterivelmente pela clareza de seu propósito social. As organizações só serão capazes de recuperar sua identidade e resgatar os elos perdidos com seus clientes e colaboradores quando seus gestores pararem de olhar somente para números, e começarem a oferecer uma plataforma consistente de trabalho com propósitos claros de longo prazo, para que todos possam contribuir e construir, cada um em seu papel, para uma ORGANIZAÇÃO realmente orgânica que depende das pessoas não somente para a execução mas para as mais variadas decisões do dia a dia.
Será que temos executivos e gestores preparados para tomarem essas decisões difíceis e conduzir as transformações necessárias nas organizações?

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