Em: http://pauloamaral.blog.br/bpm-mapeamento-e-gestao-por-processos/
Processos começam e terminam fora da empresa. Fora isso é Burocracia
Eu sempre fui um questionador da maneira como as empresas ou organizações trabalham, crítico feroz das avaliações de desempenho sem critérios concretos, da automatização de tarefas sem um propósito, dos processos mau elaborados, do jogo político envolvendo colaboradores e obviamente o lado comportamental.
Bom trocando em miúdos e sendo mais direto hoje pela manhã tive o prazer de frequentar na empresa onde trabalho uma palestra do PAVANI da GAUS CONSULTING – Empresa especializada nas metodologias BPM para mapeamento por processos; entenda “por” e não “de”. Nesta palestra percebi minha identificação com o assunto é enorme e simplesmente me apaixonei pela metodologia pois sempre quis entender os fluxos destes processos dentro das empresas, visto que as organizações são sistemas abertos e funcionam como um conjunto de processos formais e informais e numa análise fria são bem diferentes do nosso modelo mental ou modelo de mundo.
Nesta nova metodologia entendi ainda mais o conceito de se fazer o máximo com o mínimo ja na primeira vez – em detrimento do aprendizado sucessivo por tentativa e erro – excelência em Planejamento e Execução. Isto economiza recursos e tempo precioso. Obviamente para ter uma gestão de excelencia e ser efetivo, você deve reunir a eficiência mais a eficácia, aliada a bons processos, enfatizando um pouco mais a eficácia.
Mas o que é afinal a Gestão por processos ?
Ora, trata-se de otimizar os processos para a entrega ( o que você entrega ? ) em sua atividade ou para quem . O que você faz ? É focado na ATIVIDADE e não na Tarefa em si (atividade diferente de tarefa). Para facilitar pense na “lógica da utilidade ” – Entrega para quem? / O que você faz ?
Tenha em mente que o processo deve ser útil. O processo deve fazer sentido e que é inter-relacionado com outras atividades além de entregar valor ao cliente interno ou externo ( ponta a ponta ). Como os processos normalmente são órfãos, eles precisam obviamente de um dono e este dono não precisa ser necessariamente um gerente de área ou supervisor. Muitas vezes quem entende realmente do processo, , o dono, é aquele cara tímido sentado numa ”baia” ou “cubículo” em uma empresa qualquer – lembrei agora do livro do SCOTT ADAMS ( O princípio Dilbert ) – que pode ser um funcionário muito mais motivado se souber da sua real importância/responsabilidade por algo; “dono”. Neste cenário a velha estrutura hierárquica vertical da lugar a uma abordagem horizontal por equipe ( time ). É fato também que muitas vezes o gerente pode não existir ou assumir verdadeiramente o papel de gerenciar as atividades tornando-se uma espécie de consultor. Muita gente tem medo de mudanças pois é evidente que algo assim pode significar desemprego ou mesmo realocação para outra área ou setor – lembra ? QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO – o que acaba gerando insegurança por parte dos envolvidos pois implica numa mudança de poder, status, posição e outros fatores inerentes ao modelo mental de cada indivíduo.
Tudo o que escrevi aqui esta relacionado com outras doutrinas como : Lean Manufacturing, Kaizen, sixsigma, qfd, pdca, kanban e outras filosofias.
Agora depois de tudo que relatei , pare para pensar e imagine uma avaliação de desempenho baseada na entrega e não naquilo que seus pares ou “chefes” acham de você ou de seu desempenho ? Imagine que muitas vezes você esta trabalhando de forma errada e isso acaba prejudicando sua avaliação ? Pois é, pode ser culpa é do processo e não sua !
É logico que toda metodologia tem falhas ou não agrada todos – nem poderia – contudo neste caso achei ótima para o meu ” modelo de mundo “.
O importante é pensar diferente evitando ”engolir” tudo que o mundo midiático e as metodologias da moda impõe como o correto ou o certo. Questionar…questionar e questionar !
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