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17 de abr. de 2012

Líderes devem tornar as mudanças de TI mais fáceis

Por: Martha Heller
Em: http://cio.uol.com.br/gestao/2012/03/20/lideres-devem-tornar-mudancas-de-ti-mais-faceis/

Para um profissional de TI, uma reorganização pode ser um catalisador para a carreira ou uma chamada para despertar.


Primeiro defina os papéis

Quando a Schneider Electric mudou para um modelo operacional global, o VP sênior de TI, Frederic Chanfrau, reorganizou seus gestores em domínios funcionais. Uma vez adotada na nova estrutura operacional, eles enfrentam alguns desafios. “Criamos silos artificiais e derrubamos a gestão local”, diz ele. “Mas os profissionais ficaram infelizes porque não se reportavam mais ao seu chefe local. Foi muito confuso.”

Também houve confusão no negócio. “Quando o gerente de um país tinha um problema, não sabia com quem falar.” O novo modelo criou muitas camadas de gerenciamento. Etapas demais para as decisões fluírem facilmente.

Então, Chanfrau e sua equipe de liderança se reorganizaram novamente, desta vez considerando as lições que tinham acabado de aprender. Além de reduzir as nove camadas de gestão para seis e reimplementarem algumas estruturas locais de gestão, buscaram uma nova abordagem para a definição de funções.

Do CIO da Schneider Electric para baixo, cada camada de gerenciamento teve três semanas para discutir e definir as funções da camada imediatamente abaixo. “Você não quer as pessoas no topo fazendo alocações de pessoal que podem não funcionar na prática”, diz Chanfrau.

Obtenha alguma ajuda

Quando Jerry Flasz se tornou CIO da Coty, em setembro de 2010, ele reorganizou a TI para alinhá-la à presença geográfica da empresa e à sua estratégia de go-to-market. “Eu queria que a organização de TI se concentrasse nos negócios, com uma maior aproximação com as áreas de vendas, marketing e atendimento”, diz ele.

A reorganização é especialmente difícil quando você é novo na empresa. “Eu pensei: ‘Como posso ajudar minha equipe?’” Flasz contratou um behaviorista organizacional para fornecer uma perspectiva externa. “A maioria dos executivos terá alguém para ajudá-los on-board”, afirma. “Não era o meu caso”.

Flasz também contratou um Relações Públicas (RP). “Foi fácil reconhecer que os tecnólogos não são comunicadores eficazes”, diz ele. Flasz e o profissional de RP contratado foram muito cuidadosos ao usar a linguagem apropriada para a comunicação entre as áreas de TI e de negócio, em nível mundial. “Precisávamos saber que, se dissemos que iríamos eliminar uma capacidade, isso não seria compreendido como “eliminar empregos “.

Seja claro

No início de sua carreira, David Jarvis, agora CIO da Honeywell Aerospace, reorganizou a divisão de uma grande fábrica em rápido crescimento global. Como em toda mudança, as pessoas vão inserir seus próprios preconceitos e falhas de comunicação e tirar conclusões inesperadas. “Minha equipe sénior de TI partiu do princípio de que se nós não falamos sobre um determinado grupo ou área, então essas pessoas saberiam que não estariam incluídas nas mudanças”, diz ele. “Mas não foi o que aconteceu. As pessoas achavam que tudo estava mudando, falássemos ou não.”

Não fuja das conversas difíceis

Para um profissional de TI, uma reorganização pode ser um catalisador para a carreira ou uma chamada para despertar. É o momento mais apropriado para o CIO ser honesto com sua equipe e promover ajustes. “Essas conversas são difíceis, e é muito fácil de tomar o caminho mais fácil. Mas um modelo que parece bom no papel irá falhar se você não tiver o talento de motivar sua equipe e corrigir o que deve ser corrigido”, diz Jarvis.

(*) Martha Heller é presidente da Heller Search Associates, empresa de recrutamento de executivos e cofundadora do CIO Executive Council

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