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8 de jun. de 2012

Modelos empresariais de BI passam por uma transformação radical

Por: Jaikumar Vijayan
Em: http://cio.uol.com.br/tecnologia/2012/05/20/modelos-empresariais-de-bi-passam-por-uma-transformacao-radical/


O chamado "new analytics" é capaz de detectar oportunidades e ameaças que não haviam sido previstas.




Cerca de dois anos atrás, a CareFirst BlueCross BlueShield, implementou uma plataforma self-service de Business Intelligence para agregar e analisar grandes quantidades de dados a partir de vários repositórios espalhados por toda a empresa.
A tecnologia escolhida foi a QlikTech, de Palo Alto, na Califórnia, contratada como um complemento a um produto de gerenciamento de projeto da CA Technologies. Até agora, a CareFirst já recuperou US$ 10 milhões dos custos do projeto e reduziu o número de fornecedores externos que utilizava em 25%. Atividades que antes levavam até 18 meses são realizadas agora em menos de dois dias. Além disso,  não depende mais de sua equipe de análise, centralizada, para gerar relatórios de BI.
Organizações como a CareFirst estão na vanguarda do que os analistas dizem ser uma transformação dramática em inteligência de negócios e práticas de análise de dados em muitas empresas. É o que a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) chama de "new analytics".
Ao contrário de modelos anteriores de BI e de análise de dados, centralizados, a nova onda dá acesso direto às ferramentas para os usuários das áreas de negócios, que são normalmente os que mais se beneficiam com os relatórios de BI e análise de dados, disse a PwC em relatório divulgado na última terça-feira.
"O novo analytics supre a falta de capacidade de resposta das unidades centrais de análise", observa a PwC em seu relatório. "O desafio para as análises centralizadas era responder às necessidades do negócio quando as unidades de negócio em si não tinham certeza do que queriam ou que pistas buscavam. A onda da nova análise" faz isso, dando acesso e ferramentas para aqueles que agem sobre os resultados."
O que está por trás das novas análises
Duas tendências estão impulsionando a transformação. Uma delas é a explosão de dados causada por cloud computing, computação móvel e redes sociais. Tecnologias de hardware de baixo custo, memória e armazenamento tornaram mais fácil para as empresas recolherem conjuntos de dados grandes, variados e de rápido crescimento.
Outra tendência é a crescente disponibilidade de ferramentas que permitem às empresas agregar e analisar mais facilmente esses grandes conjuntos de dados. Muitas dessas ferramentas são projetadas para a manipulação de Big Data e incorporam recursos como NoSQL, visualização de dados, pesquisas associativas e processamento de linguagem natural, que permitem às empresas analisar os dados mais rápido e fácil.
Com tecnologias self-service de Business Intelligence como a QlikView, a CareFirst pode visualizar em tempo real o que levaria semanas em uma abordagem tradicional de BI, afirma Carol Igreja, diretora de projetos da empresa.
A tecnologia permite à CareFirst puxar os dados de múltiplos repositórios de dados, combiná-los na memória do banco de dados, e executar todos os tipos de análises muito mais rápido do que antes.
Com as ferramentas tradicionais de processamento analítico, os analistas têm primeiro que desenvolver um conjunto de perguntas e depois agregar os dados relevantes, purificá-los, e construir caminhos entre os diferentes elementos desses dados permitirão a análise, explica Church, responsável pela gestão de 120 a 140 projetos por ano. Com o QlikView, por outro lado, é possível analisar e comparar livremente os elementos de dados e buscar associações entre eles numa base ad hoc, diz ela.
Outra organização que está tirando partido de capacidades semelhantes é a CementBloc, uma empresa baseada em Nova York que ajuda grandes empresas farmacêuticas a ajustarem e otimizarem suas estratégias de comunicação e marketing. A empresa utiliza a plataforma Sportfire, da Tibco, para integrar e analisar dados provenientes de múltiplas fontes de informação.
QlikView e Tibco não são as únicas a oferecerem BI, visualização de dados e ferramentas de análise de dados no modelo elf-service. Ao longo dos últimos anos, muitos vendedores, incluindo Birst, Tableau, Datameer e Splunk, juntaram-se ja empresas tradicionais como IBM , Teradata, e SAS no fornecimento de capacidades que impulsionam novas aplicações de BI.
As ferramentas oferecem às empresas "mais e mais maneiras de captar, movimentar e analisar dados", disse Bill Abbott, diretor de análise aplicadas na PwC. Algumas empresas estão aplicando essas ferramentas para integrar, extrair e analisar conjuntos de dados existentes. Muitas outros estão usando-as em cima de novas infraestruturas de dados baseadas em tecnologias de Big Data como o Hadoop.
"Vinte anos atrás, havia uma forte ênfase sobre os requisitos de coleta porque você devia pré-calcular todas as respostas", disse Anthony Deighton, CTO da QlikTech. "Você precisava trabalhar antecipadamente com usuários para ter uma idéia de todas as perguntas que eles provavelmente fariam. Isso levou a um modelo de de implementação de projetos de BI pesado", disse ele.
A "new analytics" é capaz de detectar oportunidades e ameaças que não haviam sido previstas, ou encontrar pessoas que você nem sabia que existiam, que poderiam ser seus clientes", observou a PwC em seu relatório. "Trata-se de aprender o que é realmente importante, e não o que você pensou que era importante."

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