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7 de jul. de 2012

Primeira implantação: pra que serve uma checklist?

Por: Pablo Nascimento
Em: http://imasters.com.br/artigo/24716/gerencia-de-projetos/primeira-implantacao-pra-que-serve-uma-checklist


Há alguns meses estive em minha primeira viagem de implantação de um sistema. Muitas das minhas expectativas foram concretizadas, outras não. Pensava em coisas como “pra que devemos levar o código fonte se estamos indo implantar um sistema que já está pronto?” Descobri que apesar de, num plano ideal, uma implantação ser somente instalar o sistema no servidor, dar os treinamentos e tomar suco de laranja no final do dia, o que ocorreu, na verdade, me surpreendeu. Bastante, diga-se de passagem.

1. Checklist antes da implantação: como esse cara é importante

Dentre as dificuldades normais de uma primeira implantação, algumas poderiam ter sido evitadas se seguíssemos à risca a checklist de testes antes de viajarmos. Tivemos que lidar com vários problemas encontrados que nos atrasaram bastante, erros pontuais que poderiam ter sido facilmente evitados. Nós tínhamos a checklist pra verificar antes da viagem, mas por não termos tempo de executá-la devido aos detalhes finais de acertos no sistema, a deixamos de lado.
Dica 1: EXECUTE toda sua checklist antes da implantação. Isso evitará surpresas na hora do fogo cruzado, mesmo que custe horas extras de trabalho.

2. Não conte com a situação ideal, na qual tudo está devidamente no seu lugar

Tivemos, logo de cara, problemas com a configuração do servidor. Precisamos formatar o servidor e prepará-lo todo, inclusive instalar o windows (o que já devia ter sido feito antes de chegarmos lá). Além disso, ninguém (entenda-se aqui 98% dos funcionários da empresa cliente) colaborava com a nossa equipe na implantação. Incrível!
Dica 2: ninguém vai fazer seu trabalho por você. Talvez  sua mãe, quando você estava no primário, te ajudasse, mas é só. NÃO CONTE com a ajuda de terceiros, somente com sua equipe, e faça seu cronograma tendo isso em mente.

3. O teste mais fundamental do mundo

5h da tarde de sexta-feira da semana 1. Nesse momento nós apreciamos com todas as dores do mundo o que é não seguir a checklist antes de viajar para a implantação. Quando íamos terminar o expediente felizes, sabendo que na segunda-feira iniciaríamos os treinamentos dos funcionários no novo sistema, percebemos algo ligeiramente estranho na aplicação: ao abrir dois usuários simultâneos o sistema caía. Detalhe ridículo: o sistema é WEB. Bom, o que você faria? É, agora ficou tenso! Não sabíamos o que fazer! (e então pedimos socorro!?).
Dica 3 – NÃO IGNORE nenhum teste, mesmo que seja ÓBVIO que deva funcionar. Instale e use o sistema numa máquina virtual simulando o que seria feito no ambiente real antes da viagem de implantação (:s fizemos isso depois – antes tarde do que nunca!).

4. Levar o sistema para ser implantado não significa dizer que ele está pronto

É estranho dizer isso, concordo. Mas é verdade. Ao iniciarmos os treinamentos fomos solicitados a fazer várias adaptações no sistema a pedido dos usuários. Mas isso não deveria ter sido feito no levantamento de requisitos? Sim, mas não foi. E aí!? Faz agora ué, ou vai dizer não a quem te pagou pra tê-lo? É claro, alterações simples que não prejudiquem o cronograma. Alterações maiores devem ser feitas depois, numa outra versão do sistema; lembre-se que você está numa implantação.
Dica 4: NÃO ASSUMA que está tudo pronto, porque não está. Acertos no código fonte são normais (principalmente) na primeira implantação, porque é quando você está em contato direto com o trabalho do cliente e sua forma de fazê-lo. Além disso, poder contar com uma equipe em condições de realizar tais alterações ajuda muito!
Enfim, esses foram alguns pontos que quis destacar da minha primeira implantação. Valeu a experiência!



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